“Olhos que não veem, coração que não sente”, diz a sabedoria popular. Infelizmente, no facility management (FM), tal não se aplica, porque aquilo que não se vê, mais tarde ou mais cedo vai fazer-se sentir — e não da melhor maneira.

As operações de FM enfrentam desafios constantes: equipamentos que operam abaixo da eficiência ideal, consumos energéticos excessivos e falhas que só são detetadas quando já causaram impacto. Por outras palavras, muitos desses problemas permanecem ‘invisíveis’ até se tornarem avarias dispendiosas ou interrupções operacionais — contratempos que deixam o facility manager a sentir…  ansiedade, no mínimo.

E se tornasse visíveis as pistas que lhe indicam que algo não está bem? Imagine  aceder a dados em tempo real, corrigir a tempo deficiências dos ativos, otimizar consumos de energia, alocar recursos de forma mais eficiente e cortar nos custos. Promissor, certo?

Na realidade, com as ferramentas certas, já pode fazer isto e muito mais. Neste artigo, iremos mostrar-lhe como as poderosas capacidades da Infraspeak, quando integradas com as soluções tecnológicas da ECOMT, podem tornar a sua operação mais eficiente, inteligente e sustentável.

De origem espanhola, mas com presença global, a ECOMT é uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções de IoT, com foco na energia, na sustentabilidade e na gestão de dados. A sua missão é ajudar a manter edifícios e outras infraestruturas saudáveis e sustentáveis, contribuindo de forma significativa para os planos de descarbonização dos seus clientes e ajudando-os a baixar os custos operacionais.

O que são dados energéticos e como podem beneficar o FM

Antes de aprofundarmos, convém saber de que dados falamos — o que são dados energéticos? No contexto do facility management, os dados energéticos são indicadores relativos ao consumo e desempenho energético de uma infraestrutura, edifício ou equipamento, tais como:

  • Consumos de eletricidade, gás e água quente.
  • Curvas de carga, que mostram as variações do consumo ao longo do dia.
  • Picos e padrões de utilização energética.
  • Consumos dos equipamentos — ar condicionado, iluminação, elevadores, etc.
  • Indicadores de produção e de autoconsumo de energia renovável — de painéis solares, por exemplo.
  • Dados de sensores IoT — temperatura, humidade, presença humana, etc.

Estes dados são essenciais para otimizar a eficiência operacional, reduzir custos e atingir metas de sustentabilidade. No entanto, nem sempre estão à disposição de gestores e técnicos ou, quando estão, nem sempre são convertidos em informação relevante, que suporte a tomada de decisão.

Tal como afirmou Clive Humby, um matemático inglês especialista em ciência de dados, “os dados são o novo petróleo”, mas só têm valor se forem ‘refinados’ — dados em bruto valem muito pouco.

Ora, se integrar um ecossistema IoT da ECOMT com a Infraspeak, é precisamente essa ‘refinação’ que vai alcançar. E se o termo IoT ainda é um pouco confuso para si, mais à frente dizemos-lhe o que é.

Problemas invisíveis comuns nas operações de manutenção

Quando não existe uma monitorização contínua dos dados energéticos, os riscos ficam escondidos, silenciosos, e diversos problemas podem surgir quando menos se espera:

  1. Equipamentos a funcionar fora do horário

Exemplo: sistemas de climatização ou iluminação ligados durante a noite ou fins de semana sem necessidade.

Impacto: aumento do consumo energético e desgaste prematuro dos equipamentos.

  1. Má afinação do sistema AVAC

Exemplo: temperaturas definidas demasiado altas ou baixas ou ciclos de funcionamento mal calibrados.

Impacto: conforto comprometido e consumo excessivo de energia.

👨🏽‍💻Leia também: Como criar um plano de manutenção preventiva para AVAC

  1. Degradação silenciosa de equipamentos

Exemplo: um motor ou ventilador a consumir mais energia por falha mecânica ou falta de manutenção.

Impacto: aumento gradual no consumo e risco de avaria crítica.

  1. Perdas térmicas não detetadas

Exemplo: fugas de ar em condutas, janelas mal isoladas ou portas técnicas abertas.

Impacto: maior consumo energético para manter as condições ambientais.

  1. Equipamentos em standby com consumo fantasma

Exemplo: equipamentos que, mesmo desligados, continuam a consumir   energia.

Impacto: custo energético desnecessário e difícil de justificar.

  1. Dados energéticos não analisados ou ignorados

Exemplo: sensores a recolher dados úteis que não são utilizados por falta de integração ou conhecimento.

Impacto: perdem-se oportunidades de poupança e melhoria contínua.

A vantagem dos dados energéticos em tempo real

Se já teve de enfrentar algum, ou mais, dos problemas referidos acima, temos boas notícias: com visibilidade contínua sobre os dados energéticos e uma integração inteligente, é possível não só evitar esses obstáculos, como diminuir os custos operacionais e ganhar eficiência.

Na sua empresa, até pode ter acesso a relatórios mensais sobre esses dados, mas mostram apenas o que já aconteceu. Se um equipamento está com consumos de energia 20% superiores ao habitual, por exemplo, o relatório mensal só o irá revelar demasiado tarde.

Pelo contrário, os dados em tempo real permitem detetar anomalias  ao segundo e intervir atempadamente.

O poder da automação e da IoT na eficiência energética operacional

Como vimos, medir o consumo não basta — é preciso analisar os dados e agir. Um desafio ainda mais relevante em edifícios comerciais, onde o consumo energético é um dos custos com maior expressão. 

Para gerir os consumos e conseguir baixá-los sem colocar em causa o conforto dos utilizadores dos espaços, os facility managers têm  à sua disposição a já mencionada tecnologia IoT —  sigla que remete para Internet of Things, ou ‘internet das coisas’, e que podemos descrever como uma rede de dispositivos físicos conectados à internet, que recolhem e trocam dados entre si.

Entre outras funções, as soluções de IoT permitem, em tempo real:

  • Monitorizar consumos energéticos.
  • Identificar desperdícios, como luzes ou ar condicionado ligados fora de horas.
  • Detetar picos de consumo.

Integradas com a Infraspeak, as soluções de IoT ganham superpoderes, passando a ser possível:

Como resultado dos dados convertidos em  informação pertinente e ações, a sua operação irá registar menos avarias, menos paragens não programadas, maior eficiência energética e menos custos. E não somos só nós que o dizemos, há vários estudos que o demonstram:

Dados energéticos integrados: a conformidade também fica a ganhar

Quando os dados energéticos são integrados de forma inteligente na gestão operacional e a visibilidade é contínua, o cumprimento das certificações e das normas legais descomplica-se

Confira estes benefícios concretos:

  • Redução das emissões de carbono, facilitando o cumprimento das metas ESG.
  • Garantia de cumprimento dos SLA, com operações mais eficientes e estáveis.
  • Relatórios precisos sempre disponíveis.
  • Auditorias mais simples.
  • Ausência de multas e coimas por incumprimento.

Energize a sua operação de FM

Se ainda não conta com esta integração e quer ganhar visibilidade e eficiência, está na hora de dar um boost de energia e inteligência à sua operação de FM: os dados estão lançados!