Você sabe como utilizar dados de forma inteligente na sua operação de Gestão de Ativos? Convidamos o Diretor de Inovações da Ativvus, Adriano Balista para uma conversa sobre o tema e para nos dizer como os dados são relevantes inclusive para que prestadores de serviço possam diferenciar seus serviços.
A Ativvus desenvolve aplicações e hardwares que utilizam tecnologias como IoT, RPA e IA para gestão eficiente de facilities. Com base nos dados gerados por meio dos equipamentos e das integrações é possível atuar com uma gestão de ativos baseada na demanda real e não apenas em previsões empíricas.
Quer saber como foi essa conversa? Deixamos um resumo aqui para que você possa saber como foram os tópicos principais, mas se quiser ouvir tudo, acesse nosso Podcast no Spotify.
As empresas que oferecem serviços de gestão de ativo nem sempre conseguem se diferenciar. Sera que eas estão mais focadas no serviço do que na necessidade do cliente?
Empresas que atuam na gestão de ativo nem sempre se diferenciam. Elas estão mais focadas no serviço do que na necessidade do cliente?
A Ativvus, antes de desenvolver as suas soluções, fez uma grande pesquisa pelo período de quase um ano junto a empresas que atuam com gestão de ativos para buscar entender os seus clientes e o mercado.
A percepção passada é que por vezes as empresas competem utilizando argumentos como processos de limpeza, treinamento da equipe ou equipamentos, e isso se apresenta inclusive quando vemos e ouvimos as ações publicitárias dessas empresas. Isso faz com que cada vez mais as empresas briguem por preço e não pelo valor que conseguem entregar. Segundo Adriano Balista:
“Além de prover uma possível automação, a gente tinha que tentar prover também um diferencial entre as empresas. Para que elas conseguissem mostrar numa BID que: não, eu não faço só limpeza. Eu tenho todo um processo tecnológico atrás da limpeza que comprova e te traz transparência daquilo que eu estou prestando de serviço para você.”
O fato de não haver um diferencial claro faz com que as empresas escolham, principalmente, com base em confiança ou tradição e preço.
A tecnologia deve ter um propósito claro nas organizações, ela deve apoiar a estratégia da empresa
Existem diversas tecnologias que podem ser utilizadas no dia a dia das empresas, mas nem sempre elas são adequadas ou estão preparadas para o cenário com qual irão se deparar.
As empresas, no caso de Facility Management, podem ter muitos obstáculos para o desenvolvimento de novos processos e a inclusão de novas tecnologias como o IoT e a Inteligência artificial. Além disso, é percebida uma confusão conceitual no mercado que confunde IoT com automação de processos.
O que o Adriano nos passa é a ideia de que as tecnologias precisam ter em mente que a solução que está sendo oferecida não pode gerar um novo custo ou um dificultador no processo, ou seja, a solução deve efetivamente solucionar o problema sem criar outros.
Uma análise que as empresas devem fazer também é a possibilidade de implantar a tecnologia em etapas como é citado na entrevista:
“Hoje é mais simples a gente entrar primeiro com um processo de automação, hora que o cliente entende que a automação está funcionando, ele começa a criar um processo de inteligência, que é outro, bem mais complexo, requer muito mais tempo. Ele requer uma toda uma operação para que isso venha a funcionar. Mas precisa ter.”
Apesar da possibilidade da implantação faseada, as empresas devem ter um pensamento estratégico e entender que o objetivo final é gerar uma inteligência que permita que a concorrência vá muito além preço.
A equipe também é impactada pela tecnologia, e a operação pode ser otimizada
Os dados gerados por uma gestão de ativos mais inteligente trazem benefícios diretor e indiretos a operação. Um dos ganhos que podemos observar é a possibilidade de realizar treinamento mais eficientes junto às equipes e correções dos processos com base em dados que ajudam a comprovar a necessidade e os resultados.
Uma situação típica citada na entrevista como exemplo, são dos gestores de unidades que utilizam todo o montante disponível para compra de insumos mensalmente sem realizar um controle adequado dos estoques.
Enquanto alguns gestores são extremante disciplinados e realizam um controle bastante eficiente, outros fazem os pedidos com base no valor disponível. Na entrevista o Diretor cita o caso de um gestor que que comprava mensalmente a mesma quantidade de sacos de lixo, sem considerar estoque ou a operação no mês. Ao ser realizada uma auditoria na unidade foi verificado que haviam sacos de lixo em estoque para a operação de quatro ou cinco meses aproximadamente.
Outra forma de otimização da operação baseada em dados que Adriano nos trouxe, foi a otimização de rotas. Em um caso específico os colaboradores chegavam a ficar três horas por dia ociosas. Após uma análise foi possível compreender que, devido a distância entre os banheiros, os profissionais tinham que caminhar longas distâncias constantemente. Após essa observação o gerente da unidade pode criar uma ação corretiva para otimizar as rotas.
As integrações podem ser essenciais para manter o foco no core business
Na visão do diretor de inovações da Ativvus, não existe porque recriar algoritmos e tecnologias que já existem e estão disponíveis no mercado por um preço acessível. Ao desenvolver uma nova solução a empresa precisa pensar na dor que ela irá solucionar e entender como outras ferramentas do mercado podem ser integradas a sua para trazer uma solução ainda mais eficiente.
Quando falamos de gestão de ativos, Adriano frisa que essa é uma das “dores de cabeça” do setor. Os profissionais, em especiais os que atuam na ponta, precisam ter um grande número de aplicações e saber lidar com um grande número de dashboards para executar suas atividades, o que resulta em tempo perdido com algo que não acrescenta valor para nenhuma das partes.
Quando pensamos no desenvolvimento de softwares faz sentido mais uma vez pensar no cliente e na usabilidade. Se uma plataforma fornece um portal que apresenta bem as informações e juntos é possível somar ainda mais valor para a operação, então não faz sentido que ambos concorram entre si.
“É legal você ter uma plataforma só, que eu acho que é o que a gente viu muito na Infraspeak, que é uma plataforma que traz muita funcionalidade para as empresas e a gente só se integra nela. Não tem como a gente desenvolver tudo que já foi desenvolvido pela Infraspeak. E os que já estão utilizando, já vem operando, a gente só tem que fazer parte disso aí, igual outros vão entrar para fazer parte disso. É bom para todos os pontos, é bom para o cliente, é bom para todos os fornecedores que estão lá dentro e a coisa começa a funcionar melhor.”
Tem mais
A conversa com o Adriano Balista ainda abordou mais tópicos sobre tecnologia e até mesmo tendências do mercado. Para ouvir é muito simples, basta acessar o nosso canal no Spotify ou se juntar a Comunidade IFM, uma comunidade feita para profissionais do setor de Manutenção e Facility management que tem o objetivo de desenvolver o nosso setor junto com a manutenção 5.0.