Existem custos/despesas que são difíceis de controlar, e algumas vezes se tornam “invisíveis” aos olhos dos gestores, que não buscam formas de reduzir e otimizar o uso de alguns recursos, como é o exemplo da energia elétrica. De modo geral, esse é um custo com o qual a maior parte dos gestores não sabe lidar e acabam pagando sua conta de forma automática.
Em alguns setores o custo com energia pode parecer pequeno, mas para grandes edifícios que contam com sistemas de refrigeração complexos e para a indústrias, por exemplo, esse custo é muito elevado e o controle adequado pode representar um aumento considerável nas margens de lucro.
Rafael Turella é um dos fundadores e head de sales da CUBi energia, que atua diretamente na gestão e controle de energia elétrica para empresas. Por meio de tecnologia e ciência de dados a CUBi ajuda as empresas a alcançar a eficência energética e consequentemente melhorar sua performance. E por isso, o Rafael é a pessoa mais indicada para falar sobre o tema na nossa IFM Talks.
Aqui você terá acesso a um resumo dessa conversa, com destaque para os principais tópicos que abordamos. E para ver e ouvir a conversa completa, basta acessar nossos canais:
Youtube: IFM Talks – Gestão Eficiente de Energia Elétrica
Spotify: Canal IFM Talks Brasil
O que é a gestão de energia elétrica?
Rafael explica que o termo gerenciamento de energia é bastante complexo e pode ser interpretado de diferentes formas. Mas quando se trata de gerenciamento de energia elétrica falamos, normalmente, de ferramentas e estratégias, por exemplo, que os gestores utilizam para “tomar controle dos seus consumos e custos de energia”.
Os custos de energia elétrica impactam diretamente no resultado operacional das empresas, podendo por vezes ser o terceiro maior custo da empresa. E ao fim do mês, muitos gestores, diante da conta, se deparam com questões como: Estou pagando muito ou não pela energia elétrica? Esse o custo atual é “bom” ou “ruim”? É possível melhorar?
Alguns pontos são dificultadores para a análise e isso faz com que os gestores busquem sistemas que os permita controlar esse custo com maior eficiência.
Outro ponto bastante relevante para os gestores que decidem investir na otimização energética das empresas é a sustentabilidade. Atualmente há uma busca natural, além de forças externas, como o governo e os próprios clientes, que fazem com que as empresas foquem nos princípios de ESG.
Mas para que seja possível mensurar o impacto real de uma empresa no meio ambiente, e a sua melhoria, é preciso um sistema de controle. Sendo esse mais um, entre outros motivos que alavancam a importância do tema.
Sistemas de gestão de energia X Software de gstão de energia
É importante que antes de falar sobre a tecnologia envolvida na mensuração e controle de energia elétrica, fique claro que sistema e software são coisas diferentes. Quando falamos em um sistema de gestão de energia, temos um grande gama de possibilidades, pois eles se referem a métodos que os gestores utilizam para gerenciar e otimizar o consumo desse insumo.
O que deve ficar claro é que os sistemas são a parte fundamental da gestão de energia elétrica. Um primeiro passo no qual a empresa vai definir estratégias para gerenciar esses custos, mesmo que de forma manual ou por meio de planilhas de controle, e inclusive treinamentos.
Rafael Turella segue explicando que o software é uma ferramenta dentro desse sistema e é relevante à medida que as empresas definem metas e buscam velocidade e escalabilidade na gestão. Principalmente em médias e grandes empresas, existe um número grande ativos que impactam no consumo de energia. O controle de um grande número de ativos pode ser complexo nesse sentido, e por isso a utilização de um software que apoie essa gestão se faz necessária.
Outro ponto a se destacado na conversa é que quando falamos de sistemas de gestão de energia elétrica, mais importante que o tamanho da empresa é a sua maturidade em relação ao tema. Então mais importante que o tamanho é a clareza do objetivo da empresa que está buscando a eficiência energética, sendo que muita vezes o maior ganho está nas médias empresas que por vezes conseguem ter mais foco nessa gestão e mais clareza nos seus resultados.
O desafio das edificações sustentáveis
O ESG é um tema recorrente nos mais diversos setores e merece uma grande atenção. Mas há uma dúvida sobre a eficiência real dos prédios e é por meio de estudo e mensuração que se torna possível responder se os prédios sustentáveis realmente são mais eficientes do ponto de vista energético.
Junto com os seus sócios, Turella fez seu mestrado em Nova York no Rochester Institute of Technology. Juntos eles tiveram a oportunidade de estudar e avaliar o desempenho de um edifício modelo dentro da própria universidade. O edífício que conta com mais de 2.500 sensores ediversos sistemas de geração e captação de energia sustentável tinha um desafio: compreender se estrutura realmente era mais eficiente que outros prédios mais antigos e sem a mesma tecnologia.
Após nove meses de estudo a equipe chegou a conclusão de que o prédio era menos eficientes do que outras edificações mais antigas. O interessante é que não se tratava de problemas com a tecnologia aplciada, mas sim com a operação. O prédio era tão complexo que a própria equipe responsável pela infraestrutura não sabia como operar o prédio de forma eficiente.
Com a análise das informações coletadas foi possível otimizar algumas operações e economizar aproximadamente US$ 1M. Sobre as edificações sustentáveis Rafael explica que éótimo que as empresas estejam pensando nisso e que o ponto de vista financeiro é essencial, mas é preciso ter cuidado com a operação. O investimento em edficações sustentáveis exige cuidados, em especial com a operação da infraestrutura.
“Se eu tivesse que colocar minhas fichas hoje em uma equipe de facilities muito capacitada numa edificação antiga, não preparada, contra uma edificação nova, que a equipe não tem esse viés e não sabe o que está fazendo. Com certeza eu iria na primeira. Então a operação talvez é mais importante do que como o prédio foi pensado, po rque se ninguém usar da forma certa o dinheiro vai por água abaixo do mesmo jeito.”
De modo geral a mensagem que fica é que anes de realizar grandes investimentos em tecnologia e infraestrutura, é preciso investir nos time de facilities. Seja, quando nos referimos a energia elétrica ou outra área, preparar as equipes deve ser o primeiro passo para reduzir os custos e otimizar a operação.
A gestão de energia elétrica vai além
Existem grandes grandes desafios na gestão de energia elétrica no Brasil, o Rafael, cita por exemplo, a dificuldade em compreender a forma como a energia é cobrada no nosso país, tendo em vista que não há uma padronização das faturas emitidas, e para empresas e possuem sedes em diferentes estados isso é uma fator que aumenta a complexidade do desafio.
A Talk ainda abordou algumas dicas e “quick wins” para os gestores que desejam otimizar esse custo, assim como algumas tendências referentes ao mercado e ao cenário da energia elétrica no país. Se você quiser entender todos esse itens e descobrir o quanto a gestão da energia elétrica pode ser relevante para o seu negócio, asssita a nossa Talk no Youtube ou no Spotify.
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