Se há uma constante em qualquer empresa, é que precisamos lídar dirariamente com a gestão de pessoas. Mesmo que você atue sozinho, ou sozinha, será preciso lidar com pessoas. Podem ser clientes, fornecedores, prestadores de serviços ou mesmo os servidores públicos dos quais dependemos, idependetemente do setor, são as pessoas que fazem as empresas. Então faz sentido entendermos e nos aprofundar mais nesse tema que é um dos fundamentos da sociedade e da Manutenção 5.0.

Quando tratamos de manutenção e gestão de facilities, dificilmente estaremos sozinhos. Nesses setores o mais comum é que haja equipes para desenvolver as operações e, além disso, é muito provável que essas equipes atuem de forma distribuida, atendendo diferentes clientes e regiões. Essas operações precisam que as equipes estejam alinhadas e a comunicação e o feedback são ferramentas chave para esse processo.

A Paula Gianini Reis, Consultora e Co fundadora da Leep, já atuou um diversas empresas e conheceu inclusive a realidade de empresas que atuam no setor de Gestão de Facilities. Recentemente ela iniciou um novo projeto com a Leep, uma plataforma que busca orientar lideranças com base no feedback das suas equipes.

A Paula foi a convidada do IFM Talks de julho e veio conversar sobre Gestão de Pessoas e a comunicação nas empresas. Aqui você irá encontrar um resumo de como foi essa conversa, mas se quiser ouvir esse conteúdo na integra, acesse o canal do Youtube da Infraspeak, ou o canal IFM Talks Brasil no Spotify

Feedback como ferramenta de gestão de pessoas

Feedback é uma palavra que pode causar certo pânico em algumas pessoas. Isso porque  o que conhecemos normalmente é o feedback corretivo, que além de ser utilizado de forma desestruturada, muitas vezes surge apenas como um “puxão de orelha”. Mas a verdade é que o feedback pode ser uma ferramenta muito eficiente para a gestão de pessoas, sejam membros do time ou mesmo líderes.

A verdade é que o feedback corretivo deve ser sim utilizado, mas ele deve surgir de forma estruturada e diante da necessidade e, por vezes, quando a necessidade surge é porque houve alguma falha anterior no processo. No entanto o acompanhamento continuo da equipe e das lideranças tende a ter resultados melhores e inclusive tendem a reduzir a necessidade dos feedbacks corretivos.

Um dos pontos a serem considerados na estratégia de gestão de pessoas é que desde o processo de contratação até o acompanhamento e mesmo a demissão, deveriam estar alinhados com os valores da empresa. Apesar de muitas vezes a identidade organizacional ser criada sem muito objetivo, ela deve ser um guia que direciona a empresa e a sua cultura. Entre outras coisas, a Paula nos lembrou que, quando aceitamos ou rejeitamos um comportamento na nossa empresa, estamos delimitando justamente os valores organizacionais.

Como escolher as lideranças corretas?

Existem dados alarmantes quando o tema é o engajamento da equipe. A Leep traz em seu site traz informações extraídas das pesquyisas da Gallup – Workplace Consulting & Global Research, que chamam a atenção.

  • Os líderes interferem pelo menos 70% no nível de engajamento dos colaboradores.
  • Empresas com colaboradores comprometidos são 22% mais lucrativas.
  • Cerca de 89% das empresas acreditam que os colaboradores se desligam por motivo de salário. Apenas 12% das demissões realmente são motivadas por dinheiro.

Nesse sentido, como é possível escolher as lideranças certas para realizar uma boa gestão de pessoas e melhorar o engajamento do time?

Não existe uma resposta única quando falamos disso, mas podemos nos atentar para alguns fatores. O primeiro é, como já foi dito, a cultura da empresa e os seus valores. É importante que tanto os membros da equipe quanto os seus lideres estejam alinhados com a cultura e os valores da empresa. Caso contrário esse desalinhamento causará desconforto e afetará o resultado e até mesmo o Turn Over da equipe.

Um outro fator que devemos nos ater é a tendência que temos de compreender que a evolução natural na carreira é o cargo de gestão. Algumas empresas escolhem seus líderes por serem proifissionais com um competência técnica muito elevada, mas esquecem de avaliar se o profissional efetivamente possui características de líder.

Com o tempo é possível que a empresa tenha que lidar não apenas com a queda de desempenho do time, mas também com a perda de um ótimo profissional que foi mal alocado. É preciso entender que a promoção para um cargo de liderança não é a única forma de reconhecimento pelo ótimo desempenho técnico. E que o desempenho técnico não prova a capacidade de liderança.

Alguns profissionais possuem um perfil técnico elevado e não são ou não tem interesse genuíno em se preparar para cargos de liderança, mas o aceitam por ser a única forma de crescimento dentro da empresa. É preciso desenvolver outras formas de reconhecimento e permitir que o colaborador continue sendo um ótimo técnico, assuma novas responsabilidades, junto com benefícios relacionados a remuneração. Se um profissional e tecnicamente diferenciado, significa que ele impacta positivamente na sua operação e nos resultados, esse profissional pode e deve ser incentivado a continuar trilhando um caminho técnico.

E quando falamos de liderança, precisamos nos ater a perfis que tem a capacidade de manter o equilíbrio entre as necessidades da empresa e do time. Essa pressoa precisa ser apoiada e desenvolvida para que possa desenvolver a liderança e o feedback tanto dos superiores quanto do próprio time são cruciais para esse desenvolvimento. Assim como o perfil técnico o líder tem seu valor e ambos podem atuar juntos e com o devido reconhecimento.

Existe uma forma de metrificar a gestão de pessoas?

A gestão de pessoas deve ser entendida como uma forma de otimizar os resultados da empresa. Quando desenvolvemos a equipe e as lideranças a tendência é que os resultados da empresa melhorem. Esse crescimento pode ser visto por meio de métricas referentes ao desempenho do time, porém pesquisas de clima organizacional, e de desempenho dos times e dos líderes também são formas eficientes de avaliar a melhoria dos processos e das lideranças.

Os lideres devem ser selecionados com base na sua capacidade de apoiar o crescimento e desenvolvimento das equipes, essa é a sua principal responsabilidade. Ao desenvolver os membros do time com objetivos claros eles tende a ter sucesso no atingimento dos seus KPI’s. Portanto, existem formas práticas tanto de avaliar o impacto da liderança e da comunicação no time, assim como nos resultados da empresa.

A gestão de pessoas vai muito além…

O tema é muito extenso e pode ser tratado de várias perspectivas. No entanto durante a IFM Talk com a Paula Reis, buscamos focar na ferramenta de feedback como uma arma a favor do desenvolvimento do time. 

Se quiser ouvir a conversa inteira basta acessas os nossos canais. A IFM Talks acontece todos os meses e você pode ouvir no canal IFM Talks Brasil, no Spotify, ou acessar o canal do Youtube da Infraspeak e buscar a playlist IFM Talks. No youtube você também terá acesso às talks de outras regiões, clique nos links e confira.

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