Olá Marcelo! Recentemente, você concluiu um ano na equipe de Marketing da Infraspeak. Como foi a experiência até agora?

 

Foi – e tem sido – uma experiência de altos e baixos. A mudança não foi marcada somente por vir para a Infraspeak. Foi uma mudança de casa, de país, de cultura, de estilo de vida e de muitas outras coisas. O período de adaptação também segue o mesmo fluxo. Estar longe de casa, temporariamente longe da minha mulher – que veio após alguns meses -, distante dos amigos e da família, dos meus lugares preferidos, dos meus cachorros… enfim, não foi e não é fácil.

 

O lado positivo é que encontrei na Infraspeak pessoas muito queridas e um ambiente muito amigável e receptivo. Destaco, em especial, os companheiros da minha equipe de Marketing.

 

Logo que cheguei, fui muito bem recebido pela Jéssica, o Zé e o Pedro. Ao longo do tempo, novos colegas chegaram e os laços foram se estreitando. O Francisco apareceu e nasceu uma das maiores rivalidades da história do ping pong. A Liliana, a Teresa e a Inês chegaram no fim de 2019 e também já houve uma conexão imediata. Ainda tenho algumas dificuldades de adaptação ao estilo de vida europeu e português. As rotinas de trabalho, as percepções de marketing e de mercado que existem aqui e muitas outras coisas são bem diferentes de onde venho.

 

O choque cultural foi grande. Mas tem sido uma jornada muito interessante de aprendizado e de novas experiências. Me sinto mais à vontade em ser vulnerável, mostrar minhas vulnerabilidades e não ter nenhuma vergonha disso. E hoje entendo muito mais sobre o Brasil e sobre o brasileiro que antes. Apesar das diferenças, herdamos muitas coisas dos “gajos e das raparigas” ao longo da história.

 

Você vem de um background em Marketing e antes disso, tinha um canal sobre carros no YouTube. Fale um pouco sobre isso.

 

Atuo como um profissional de marketing há 5 anos. Comecei na área como um especialista em planejamento de estratégias de marketing conteúdo e SEO. Ao longo dos anos, me desenvolvi para ter uma atuação mais ampla e generalista na área. Hoje consigo atuar na produção de conteúdo (em multiplataformas), na gestão de mídia paga, no planejamento e definição de estratégias, suporte e atendimento a clientes e me sinto seguro para iniciar conversas de vendas.

 

Sou formado em Comunicação Social, com ênfase em Jornalismo. Sempre tive uma paixão pelo audiovisual, por TV, rádio, música (era basicamente o que existia nos anos 90 🙃). Quando era pequeno, sonhava em ser um VJ da MTV, hahah. Já trabalhei em uma emissora de TV, produtoras de vídeo, e fiz freelancers para agências. Além de programas de televisão, já produzi, escrevi, fiz roteiros e muitas coisas para vídeos institucionais, anúncios, videoclipe… até “youtuber” eu já fui.

 

Não digo que fui um YouTuber, muito menos um Influencer, mas gosto de brincar com estes termos hoje. O projeto sobre carros nasceu de uma ideia dos meus companheiros de trabalho na época em que trabalhava na TV, justamente em um programa automotivo. Nós queríamos falar sobre carros da nossa maneira, com o nosso estilo e com a nossa linguagem. Foi aí que decidimos criar o canal 4por4.

 

Foi uma ideia despretensiosa em uma época em que o YouTube não era tão forte e relevante como hoje. Mas foi bem divertido e tive lições profissionais e pessoais que carrego até hoje.

 

 

E quão fácil (ou difícil…) foi se adaptar à gestão de facilities e manutenção?

 

Falar sobre carros, depois fazer publicidade, migrar para o marketing e agora falar sobre facility management e manutenção nunca foi um problema. Até gosto de viver essas mudanças.

 

Ainda carrego comigo um instinto de jornalista, que precisa estar sempre apto a falar sobre qualquer assunto. É preciso ser um “especialista em generalidades”. Estas mudanças de áreas de cobertura só me fazem querer estudar e aprofundar mais nos assuntos para ter propriedade e credibilidade para produzir conteúdo e transmitir informação.

 

Facility Management e manutenção não são lá áreas muito divertidas de falar. E este é o principal desafio aqui na Infraspeak. Tornar o setor e estas áreas mais interessantes para o público e dar visibilidade a profissionais que são aparentemente invisíveis, mas de extrema importância para o nosso conforto e bem estar, onde quer que possamos estar.

 

Acredito que o trabalho até então tem sido bem feito por meio do podcast, do nosso blog e dos webinars e tantas outras iniciativas.

 

Muitos dos projetos multimídia desenvolvidos pela Infraspeak, desde webinars a podcasts, partiram de você. Por que você tomou essas iniciativas?

 

Como disse anteriormente, ser jornalista me obriga a ser um “especialista em generalidades” e mais do que isto, me obriga a me adaptar, compreender e estar apto a comunicar em diferentes plataformas.  Seja por áudio, por vídeo, por uma fotografia ou por gif., eu me sinto na obrigação de entender como o público consome, se manifesta e interage no YouTube, em blogs, no Tik Tok ou em qualquer outra plataforma de comunicação. 

 

Tento me manter informado e atualizado o tempo inteiro sobre o que as grandes audiências têm feito ultimamente e como posso produzir conteúdo e informação no formato e da maneira que elas esperam. O volume de informação que circula na internet é GIGANTESCO. Os pontos de distração que todos nós temos também. Captar a atenção das pessoas somente de uma forma é impossível atualmente.

 

É preciso estar presente de diferentes formas e formatos para que as pessoas possam saber quem somos, o que fazemos e como podemos ajudá-as. Ser multimedia deixou de ser tendência há tempos. É uma obrigação para quem quer fazer negócios hoje.

 

A COVID-19 mudou um pouco os métodos de trabalho no mundo inteiro. O trabalho remoto já era uma realidade na Infraspeak, mas passou a ser obrigatório. Como tem se adaptado?

 

Como já venho de outras startups que também são aderentes ao modelo de trabalho remoto, não foi uma grande novidade. A adaptação necessária foi na frequência e intensidade deste tipo de trabalho. Antes, optava por trabalhar em home office por uma questão de conveniência. Para poder fazer uma viagem ou pela necessidade de ter um compromisso em que estar ou sair de casa era mais cômodo. 

 

Atualmente, com a “obrigação” do trabalho remoto, sinto falta, principalmente, da socialização com os colegas de escritório. As conversas de café, as partidas de ping pong, discussões com diferentes pontos de vista… enfim. A falta de contato e de uma relação mais olho no olho tem sido a maior dificuldade para mim.

 

Marcelo Leite é Marketing Manager e o convidado desta semana do Inside Infraspeak. Obrigado Marcelo!