Toda empresa precisa se relacionar com fornecedores, investidores, parceiros e, é claro, com os seus clientes. Assegurar que todos nesse processo estejam satisfeitos faz parte dos princípios da gestão de cadeia de suprimentos, ou, em inglês supply chain management (SCM).

Essa atividade faz parte da gestão e manutenção de uma empresa e visa o estabelecimento de um fluxo otimizado e eficiente, com o objetivo de alcançar destaque e melhor posicionamento de mercado. Esse processo inclui fornecedores de suprimentos de matéria prima; colaboradores da empresa; rede de distribuidores e, cliente final.

É aquela velha história de que gentileza gera gentileza! E de que fazer o bem, sem olhar a quem, para receber tudo em dobro! Por que não acreditar e levar esse mantra para dentro das empresas, em busca de um fluxo de relacionamento positivo e benéfico?

Tudo pode começar com o contato com o fornecedor da matéria-prima. Mesmo que o contato não seja direto ou pessoal. Um bom dia, boa tarde pelo telefone e um obrigado por entregas às solicitações no prazo podem refletir em todo o ciclo do produto, até que chegue em seu destino.

O que é cadeia de suprimentos

Para entender o conceito de cadeia de suprimentos é preciso imaginar toda a lógica de funcionamento de uma empresa. Trata-se de um conjunto de atividades que envolve o sistema de organizações; pessoas; atividades – compra, armazenamento e transformação -; informações e recursos envolvidos no transporte de produtos ou serviços em movimentação interna; transporte; distribuição e cliente.

Esse conjunto de atividades precisa de planejamento e logística interna e externa para que possa funcionar corretamente. Tal coordenação é exigida de todos os fornecedores e parceiros; assim como prestadores de serviços e consumidores. Uma colaboração para alcançar o bem comum, fortalecendo os elos da cadeia, com o objetivo de se destacar no mercado e aumentar lucros.

Os colaboradores comunicam aos gestores a necessidade de novos produtos; estes solicitam aos fornecedores de confiança; que por sua vez, entregam dentro de prazos pré-estabelecidos.

A gestão da cadeia de suprimentos é capaz de: localizar, selecionar e comprar materiais e insumo dos fornecedores; desenvolver e fabricar produtos; organizar o fluxo diário de materiais, suprimentos e produtos; coordenar ações de fornecedores, transportadores e clientes; e por último, mas não menos importante, criar e desenvolver a manutenção de canais de comunicação para que chegue até o consumidor final.

A importância da gestão da cadeia de suprimentos

O gerenciamento da cadeia de suprimentos pode ser considerado como um aprendizado organizacional, em que empresas precisam planejar e controlar. Fazem parte deste processo: a produção; o fornecedor; o estoque; a localização; o transporte e a informação.

Produção: essa etapa consiste em analisar a necessidade do cliente frente ao mercado. Ou seja, qual a demanda para o determinado produto ou serviço a ser oferecido. Define-se como a cadeia de suprimentos será estruturada, seja ela a partir da produção própria ou terceirização dos serviços. Sempre visando a qualidade da entrega ao cliente.

Fornecedor: o próximo passo é determinar como serão produzidos estes bens, de forma a criar um fluxo econômico e viável para a empresa e o negócio. Pesquisar, definir e estabelecer como será organizada e implementada a gestão de fornecedores. É preciso fazer uma intensa pesquisa para descobrir qual é ou serão os fornecedores com qualidade-benefício mais atraente para o seu negócio.

Afinal, a escolha do fornecedor do material utilizado, por exemplo, pode fazer toda a diferença. No cenário atual, as empresas que se preocupam com o meio ambiente conseguem se destacar mais.

Estoque: pode parecer algo irrelevante, mas a empresa necessita de um plano de gestão de estoque eficiente. Apenas desta forma será possível definir se há a necessidade de criar um estoque com alto volume, considerando que o produto ficará parado; ou um estoque menor, que corre o risco de acabar, antes da produção total ser finalizada. Encontrar o equilíbrio é a estratégia ideal.

Localização: apesar desta não ser uma etapa em si, faz parte da gestão da cadeia de suprimentos. Determinar onde a fábrica será implantada, por exemplo, ou o setor de produção é fundamental para toda a logística. Inclusive financeira. Alguns estados, por exemplo, possuem incentivos fiscais que podem ser benéficos para o negócio.

Pense na lógica da escolha de um local para morar, considerando onde você trabalha e, se tiver filhos, qual a distância para levar e buscá-los da escolinha? Você vai escolher a localização que mais lhe agrada em termos de beleza ou aquela que é mais eficiente, no que diz respeito ao tempo e distância gasto para realizar a rotina do dia a dia?

Transporte: você sabia que aproximadamente 30% do custo de um produto é devido ao seu transporte? Pesquisas como a da empresa McKinsey&Company e Eyefreight apontam esse valor, como forma de chamar a atenção a esse quesito.

Por isso é tão crucial avaliar e determinar como será realizado, para que chegue às mãos do cliente, sem que o preço seja demasiado elevado, em relação aos concorrentes de mercado ou baixo demais, próximo à margem de prejuízo.

Um exemplo bem claro da importância deste tópico é a segurança e qualidade dos serviços prestados. Imagine uma empresa que lida com o transporte de alimentos. É preciso garantir que, tanto os fornecedores, quanto os distribuidores ofereçam serviços confiáveis para garantir a qualidade dos produtos.

Ou então, no meio do caminho, você pode correr o risco de perder o produto, por causa do transporte. Imagine frutas ou carnes frescas. Se não forem transportadas em arca refrigerada, vão estragar, murchar ou mesmo se contaminar.

Informação: faz parte de qualquer processo, assim como o de gestão da cadeia de suprimentos, utilizar todas as informações (internas e externas) para avaliar e determinar indicadores de performance eficientes. Essa comunicação não está relacionada à publicidade e ao marketing. Mas sim em termo de relacionamento e fluxo de pedido/entrega.

Uma maneira organizada de coletar e transformar essas informações em estatísticas, tão relevantes para o negócio, é por meio dos Softwares de Gestão de Manutenção, como o da Infraspeak.

A importância da gestão da cadeia de Suprimentos está na organização e padronização dos processos para que a melhor estratégia de custo-benefício seja definida. Otimiza-se a comunicação interna e externa, alinhando todos os procedimentos.

Por isso permite a redução de custos. Com um fluxo eficiente e pré-estabelecido, é possível determinar quais são os melhores fornecedores e a melhor rota e empresa para realizar o trabalho. Ela também potencializa a eficiência e satisfação dos clientes, com melhorias no atendimento prestado. E sabe por qual motivo? Os trabalhos realizados anteriormente complexos, passam a estar facilitados por meio da gestão da cadeia de suprimentos. Cada setor tem a sua responsabilidade definida, assim como suas metas.

Principais problemas enfrentados na Gestão da Cadeia de Suprimentos

Apesar de ser uma estratégia de gestão eficiente quando bem elaborada e aplicada, ela pode ocasionar algumas dificuldades. Por isso deve ser pensado, discutido e avaliado se irá comprometer ou não o fluxo total da empresa. Alguns exemplos destes problemas são:

Fatores climáticos podem influenciar diretamente da gestão por meio de ventos, inundações, secas e até mesmo queimadas. Afinal de contas, a matéria-prima para produção necessita vir de algum lado. Para contornar esse problema, crie sempre uma estratégia alternativa para não ter de parar a produção.

Concorrência será sempre um desafio, independente de qual é o setor de mercado. Lembre-se que cada uma dessas empresas também terão a sua própria gestão da cadeia de suprimentos. Portanto, escolher um fornecedor “de peso” pode fazer com a empresa tenha destaque frente aos seus clientes.

Lançamento de novos produtos deve ser sempre programado com cautela. Lembre-se que você precisará dos fornecedores, transportadores e distribuidores com contratos fechados e prazos estabelecidos antes de realizar o anúncio. Não crie expectativas que serão frustradas. A reputação do seu negócio está em jogo.

A economia do país pode e vai influenciar no seu negócio, seja ele um comércio varejista ou uma indústria com representação internacional. Esteja preparado para os mais diversos cenários, tais como mudanças nas tributações; taxas de juros e flutuações de câmbio. O importante é conseguir gerir a manutenção de empresa para que ela não entre em prejuízo.

Também é preciso pensar nos clientes. Se o cenário econômico está desfavorável, as pessoas também deixam de consumir produtos ou solicitar serviços que não sejam básicos e essenciais. Acompanhe sempre o mercado para saber quando é a hora certa para investir e quando é preciso reduzir para não gerar prejuízos e até mesmo cenários de falência.

Boas práticas para uma gestão mais eficiente

Faz parte das boas práticas deixar de lado alguns hábitos que podem ser prejudiciais para o negócio. Estes cenários são mais comuns em empresas de pequeno e médio porte, geralmente da área do comércio, varejo e hotelaria. Exemplos destes são:

  • Apostar no achismo, com decisões baseadas em “feelings” e não dados;
  • Desconsiderar os riscos da cadeia de suprimentos e relacionados;
  • Negligenciar os custos totais e específicos para com os fornecedores;
  • Ignorar as tendências de mercado, tais como a Internet das Coisas.

Também existem boas práticas que devem ser destacadas e consideradas na Gestão da Cadeia de suprimentos. São elas:

  • Localizar os melhores fornecedores de matéria-prima;
  • Fabricar e armazenar o produto com base no equilíbrio entre demanda e oferta;
  • Realizar a entrega do produto de qualidade, visando a satisfação do cliente;
  • Estar atento aos feedbacks de todos os envolvidos na cadeia de suprimentos.

Para que seja mais fácil realizar essas boas práticas, faça um mapeamento de todo o processo, identificando possíveis pontos de fraqueza, para dar mais atenção e contornar o problema. Comunique-se com os fornecedores para que o estoque esteja sempre nas medidas ideias. E por último, mas não menos importante, use a tecnologia a seu favor.

Um exemplo objetivo disso se relaciona à assinatura digital que, além de gerar segurança e comodidade aos investidores, também agiliza processos e reduz os custos administrativos. Uma forma de não deixar “para o amanhã, aquilo que pode ser feito hoje”. Ou seja, caso precise de um novo fornecedor e, assinatura de contrato para iniciar o fluxo de compra e venda, use essa técnica e, mesmo à distância, é possível dar andamento ao processo.

Empresas que investem em tecnologias para facilitar a rotina diária estão sempre um passo à frente no mercado!