O objetivo da gestão de manutenção é controlar a alocação de custos, tempo e recursos de forma a assegurar a eficiência e adequação das operações de manutenção, evitando desperdício de recursos e até paralisações devidas a equipamentos avariados.

Imaginemos as seguintes situações:

  1. Numa fábrica, em dado momento, os técnicos disponíveis são encarregados de efetuar manutenção em equipamentos não essenciais à produção, como aparelhos de ar condicionado, por exemplo, enquanto um equipamento essencial é posto em fila de espera;
  2. Vários técnicos são encarregues de efetuar manutenção de um mesmo equipamento, onde o trabalho de um único técnico seria suficiente para a resolução da avaria em tempo útil.

Ambas as situações são exemplos negativos de gestão de manutenção. No caso 1, a produção pode acabar por ser paralisada devido a uma falha que não é reparada por alocação inapropriada dos técnicos; no 2, a atribuição do mesmo trabalho de manutenção a vários técnicos resultará na perda desnecessária de dinheiro por parte da empresa.

O que é que isto nos diz?

Assim, percebemos que o agendamento adequado dos trabalhos e o controlo de custos são dois dos principais objetivos da gestão de manutenção. O gestor deve compreender o funcionamento e as necessidades da empresa para saber que trabalhos de manutenção priorizar para minimizar o prejuízo. Da mesma forma, deve sempre avaliar que opções, em termos de custos, são mais viáveis para a empresa, quer a curto, quer a longo prazo — por exemplo, escolher entre a compra de um equipamento mais caro e mais duradouro, ou de um mais barato e menos duradouro (na maioria dos casos, a resposta dependerá da relação tempo de vida/custo estimada para cada uma das opções, devendo idealmente escolher-se aquele com a razão mais elevada).

Um outro aspeto importante do trabalho de um gestor de manutenção passa pelo cumprimento das normas e regulamentos – regressando ao exemplo 2 apresentado acima, é possível que seja requerido por lei que um determinado trabalho de manutenção seja realizado por mais do que um técnico por motivos de segurança. Neste caso, apesar de a alocação de um único técnico poder ser, em teoria, suficiente e ter um custo mais baixo para a empresa, a lei deve sempre prevalecer e o gestor de manutenção é responsável por assegurar o seu cumprimento.

A gestão de manutenção passa ainda pela definição das estratégias de manutenção mais adequadas para as suas instalações, como Manutenção Preventiva vs. Corretiva.

Parece complicado?

É porque é complicado. Por isso existem softwares de gestão de manutenção (comummente designados CMMS, do inglês Computerized Maintenance Management Software), que simplificam todos estes processos, reunindo e armazenando toda a informação necessária e facilitando a comunicação entre gestores e técnicos de manutenção através de plataformas acessíveis em vários dispositivos.

No Infraspeak, por exemplo, é possível aos gestores monitorizar as operações em tempo real, agendar ciclos de manutenção preventiva, gerar relatórios, entre várias outras funcionalidades, garantindo maior organização, menores custos e maior qualidade de vida para o gestor de manutenção.