O IFM Summit Lisboa 2025 foi o maior de sempre, com mais de 700 participantes — um evento repleto de atividades incríveis, oportunidades de networking e negócio, e momentos de aprendizagem com especialistas do setor.

Juntos, explorámos os desafios ocultos do FM de forma inovadora, e estamos certos de que as ideias, estratégias e relatos de sucessos e insucessos partilhados vão ter um impacto significativo no dia-a-dia dos profissionais de facility management em Portugal. Vemo-nos em 2026!

Pedro Malheiro, CEO・LMSI Engineering

1. O facility management é uma área cada vez mais madura em termos de atividades e processos, mas mantém grandes desafios de transição digital, que é essencial no caminho para a eficiência.

2. Inevitavelmente, a sustentabilidade tomou lugar no setor do facility management. Surge no discurso dos gestores todos os dias, mas há pouca disponibilidade para pensar estrategicamente sobre esse tema, com a azáfama do dia a dia.

3. Há três tendências relevantes na área de facility management: a sustentabilidade, associada à eficiência energética; o wellbeing, no sentido de assegurar o bem-estar das pessoas que ocupam os espaços; e o digital twinning, que permite simular o comportamento dos ativos em diferentes cenários.

4. Sem definir claramente o âmbito do serviço e o que é preciso fazer ou não fazer, haverá sempre confusão e uma névoa difícil de analisar objetivamente.

5. Não há processos que funcionem para todos — é importante montar processos bem pensados e definidos à medida de cada organização.

6. A medição e monitorização, a gestão de dados, o reporting e a validação do trabalho executado são essenciais para uma parceria de FM de sucesso.

7. É importante, no facility management, conseguir unir a experiência das pessoas ao poder da tecnologia.

8. O facility management precisa de ser mais valorizado. A área carece de investimento em formação, competências e tecnologia.

9. Os serviços de FM não devem ser vistos como a última linha do orçamento — é uma área que não pode ser menosprezada.

10. Devemos querer fazer sempre melhor do que fizemos no dia anterior. É importante aprender com os clientes mais exigentes e com os fornecedores mais competentes.

David Oliveira, Presidente do Conselho de Administração・Iberlim

11. No facility management, não podemos olhar só para o dia de amanhã — é necessário pensar estrategicamente e recorrer à tecnologia para definir uma visão de longo prazo.

12. A tendência no FM é para a procura de um serviço cada vez mais integrado, com mais entrega em várias áreas.

13. No mercado privado, as fusões ou concentrações de empresas criam clientes com dimensões cada vez maiores e maior complexidade operacional. 

14. Numa relação entre cliente e prestador de FM, deve haver harmonia entre valores, objetivos comuns e métricas de performance bem definidas.

15. É importante estudar os processos de ponta a ponta e quebrar as barreiras entre clientes e prestadores — se houver esse casamento, tudo será mais fácil.

16. A chave para o sucesso do FM é a qualidade das pessoas envolvidas e da comunicação entre elas. A parceria tem de ser boa para as partes, e isso atinge-se com transparência, diálogo e objetivos comuns.

17. Todo o setor de FM está a fazer um caminho de muita experimentação e ambição. Acredito que os próximos 10 anos tragam muitas novidades na área da robotização.

18. O caminho consiste em tornar os meios, as pessoas e as tecnologias ao serviço dos clientes. Vejo com muito otimismo a capacidade do setor melhorar para acompanhar cada vez melhor os clientes e parceiros.

19. O nosso papel passa por formar as organizações, mudar visões e potenciar as pessoas no sentido de melhorar a performance.

20. Acompanhar a tecnologia, sugerir, testar e até desenvolver novos equipamentos — tudo o que melhorar a nossa prestação e o serviço que entregamos deve ser tido em conta.

Ricardo Carvalho, Sports Facilities & Asset Manager・FC Porto

21. A complexidade tecnológica das infraestruturas é cada vez maior, e é difícil ser-se data-driven quando a capacidade de geração de informação extravasa a capacidade de a tratar.

22. A nossa primeira métrica é o sucesso da organização. Antes de sermos eficientes, temos de ser eficazes perante a instituição e priorizar os seus objetivos. Só num segundo nível entram as métricas relacionadas com os ativos físicos, comuns a qualquer infraestrutura.

23. É importante garantir que os prestadores partilham os nossos valores e missão e, ainda assim, há que gerir a colisão a nível de método ou objetivo operacional.

24. Começamos a testar a inclusão de alguma inteligência artificial no nosso stack tecnológico, tendo em vista antecipar o que acontece nas operações.

25. A evolução tecnológica obriga-nos a preparar as equipas de FM para tarefas mais estratégicas e garantir que as maiores competências das equipas sejam empregues na gestão e no planeamento.

26. Não é possível planear se estivermos permanentemente preocupados com tarefas operacionais e reativas.

Ana Mendes, Business Unit General Manager・Sotécnica

27. Tento criar uma operação ágil, em que as pessoas remam todas para o mesmo lado, alinhadas quanto a objetivos, focos e valores.

28. Software como a Infraspeak faz grande diferença na comunicação da equipa de FM. Quando o cliente e o prestador usam ambos a plataforma, todos têm uma visão clara e transparente sobre o que há para fazer e o que está feito — é sucesso garantido.

29. Se o cliente e o prestador não têm acesso ao mesmo sistema, falha a comunicação. Fazemos o serviço, analisamos os dados e tiramos conclusões, mas não conseguimos dar o feedback necessário ao cliente.

30. Apesar de termos estratégias e roadmaps claros, por vezes, não conseguimos cumprir exatamente o que foi definido porque temos de ‘apagar fogos’.

31. No facility management estamos sempre a aprender. É importante percebermos como antecipar as necessidades dos clientes e estar um passo à frente para lhes dar resposta.

32. A empatia e a comunicação transparente são essenciais para a boa performance das equipas de facility management.

33. O contrato de FM tem de definir SLA, KPI e penalizações claras — a forma de estarmos todos alinhados é sentirmos a necessidade de cumprir o que está definido na contratação.

34. Quanto mais ágil, rápida e eficaz a partilha de informação numa operação de FM, mais nós temos, todos, a ganhar — prestadores e clientes.

Carlos Sá, Ultramaratonista, campeão de Ultra Trail de Portugal e CEO・Carlos Sá Nature Events

35. No desporto ou nos negócios, os parceiros são fundamentais para atingir objetivos — às vezes, os sonhos ficam por cumprir por falta dessa rede de apoio e de colaboração.

36. O terceiro lugar na minha segunda participação na ultramaratona Badwater foi ainda mais significativo do que a vitória na primeira, pela resiliência que implicou para mim e para toda a minha equipa.

37. As minhas experiências desportivas fizeram-me perceber a necessidade de formar grupos de trabalho e responsabilizar as pessoas — só com esse compromisso, e com equipas que dão tudo, é que conseguimos atingir os nossos objetivos.

38. Sou um felizardo por ter vários colaboradores e equipas ao meu lado. O sucesso faz-se de pessoas.

Uma plataforma colaborativa para visibilidade total sobre as operações de FM.