Troca de lâmpadas, manutenção de ar-condicionado, limpeza de fachadas, acesso a telhados: tudo isso caracteriza trabalho em altura. Pela NR-35, qualquer atividade acima de 2 metros exige treinamento, equipamentos adequados e procedimentos formais.

Para gestores de facilities em redes de varejo, shoppings e grandes prédios corporativos, o desafio é claro: como manter dezenas de equipes seguras em múltiplas unidades, sem perder controle dos treinamentos, dos EPIs e das rotinas preventivas?

O que diz a NR-35 (e como ela impacta prédios de varejo e em shoppings)

Qualquer atividade realizada a mais de 2 metros de altura, por mais comum que seja na manutenção predial, deve obedecer à NR-35. Isso inclui troca de iluminação, trabalhos em fachada, telhados ou áreas técnicas.

Quando ignorada, pode levar a acidentes graves ou fatais, multas pesadas, interdição da atividade e grande dano à reputação da empresa.

A norma regulamentadora define os requisitos mínimos para:

  • Altura mínima de aplicação: qualquer atividade realizada a partir de 2,0 m do nível inferior.
  • EPIs obrigatórios: cinturão tipo paraquedista, talabarte duplo com absorvedor, trava-quedas retrátil em linha de vida.
  • Ancoragem: ponto com resistência mínima de 15 kN (≈1.500 kgf).
  • Treinamento: carga horária mínima de 8 h, com reciclagem a cada 2 anos.

Perguntas frequentes 

Preciso aplicar a NR-35 mesmo para troca de lâmpadas?

Sim, se o trabalhador estiver a mais de 2 metros de altura. Isso inclui manutenção em escadas, plataformas ou andaimes.

Quem pode autorizar trabalho em altura?

Apenas profissional capacitado e autorizado pela empresa, com treinamento válido registrado.

Como comprovar conformidade em auditorias ou fiscalizações?

Mantendo certificados de treinamento, registros de inspeção de EPIs, planos de trabalho e relatórios de execução acessíveis em formato digital.

Requisitos práticos

1) Treinamento e capacitação

  • Carga horária: treinamento inicial mínimo 8 horas; reciclagem a cada 2 anos (mín. 8 h).
  • Conteúdo obrigatório (resumido): normas aplicáveis; análise de risco; riscos e medidas de controle; proteção coletiva; seleção/inspeção/limitação de uso de EPIs; condutas em emergência e noções de resgate. 
  • Instrutor: comprovação de proficiência; responsabilidade técnica por profissional habilitado.
  • O que o FM deve fazer: agendar treinamentos iniciais + periódicos; manter registro de aprovação e vigência da autorização; exigir comprovante de instrutor e ART quando aplicável.
  • Como Infraspeak ajuda: use Work Orders para agendar cursos, Documentos para armazenar certificados e Analytics para avisar vencimentos e gaps de capacitação.

2) Uso e inspeção de EPIs (cinto, talabarte, trava-quedas etc.)

  • Principais EPIs: cinto tipo paraquedista (cinturão dorsal + pontos de ancoragem), talabarte duplo com absorvedor de energia (ou talabarte com absorvedor), trava-quedas retrátil (resgatador) e conectores (mosquetões automatizados). Aliás, vale a pena olhar a NR6 sobre EPIs também.
  • Inspeções do SPIQ (EPI + acessórios):
    • Inspeção inicial — após recebimento e antes do 1º uso;
    • Inspeção de rotinaantes de cada uso (cheque visual/função);
    • Inspeção periódicano máximo a cada 12 meses (ou intervalo menor conforme fabricante/uso).
  • Pós-queda: qualquer trava-quedas/absorvedor que sofreu retenção deve ser retirado de uso e encaminhado para verificação/manutenção ou descartado conforme fabricante.
  • O que o FM deve fazer: definir rotina de inspeção (checklist simples + assinatura), requisitar laudo/revisão anual ao fabricante, rastrear histórico de uso e substituição.
  • Como Infraspeak ajuda: Gatekeeper obriga preenchimento de checklist pré-uso; Work Orders para revisão anual; Documentos guarda fichas técnicas e laudos de revisão.

3) Planejamento e autorização (Análise de Risco e Permissão de Trabalho)

  • Análise de Risco (AR): obrigatória antes do trabalho, deve mapear riscos, condições impeditivas, medidas de controle e sistema de resgate.
  • Permissão de Trabalho (PT): necessária para atividades não rotineiras; deve ser emitida, aprovada, disponibilizada no local, encerrada e arquivada; validade restrita ao turno/jornada (pode ser revalidada se nada mudar).
  • Hierarquia de controles: primeiro evitar/alternativa, depois proteção coletiva, em último caso EPIs.
  • O que o FM deve fazer: padronizar modelos de AR e PT por tipo de serviço; garantir que PT esteja acessível no local (digital ou papel) e que só trabalhadores autorizados iniciem a tarefa.
  • Como Infraspeak ajuda: crie templates de checklists/AR e Permissões de Trabalho no Gatekeeper; use Direct para enviar PTs a fornecedores e exigir evidências antes do start; arquive PTs em Documentos para auditoria.

4) Sistemas de ancoragem e proteção coletiva (linhas de vida, guarda-corpos)

  • Projeto e marcação: ancoragens permanentes/temporárias exigem projeto por profissional habilitado; pontos devem ser marcados (fabricante/força máxima/ nº série). 
  • Resistência mínima (prática do mercado / normas técnicas): dispositivos e pontos de ancoragem geralmente dimensionados para ~15 kN (≈1.500 kgf) por usuário; dimensionamento para múltiplos usuários deve constar no projeto (normas NBR 16325 / ABNT).
  • Inspeção de ancoragem: inspeção inicial após instalação/mudança; inspeção periódica ≤ 12 meses (ou intervalo menor se uso intenso / ambiente agressivo). 
  • Proteção coletiva: guarda-corpos, plataformas e linhas de vida coletivas priorizadas sobre EPIs.
  • O que o FM deve fazer: exigir projeto/ART do sistema de ancoragem; marcar e etiquetar pontos; programar ensaios/ensaios de arrancamento quando necessário; priorizar soluções coletivas onde possível.
  • Como Infraspeak ajuda: Documentos armazena projetos e laudos; Work Orders agenda ensaios e inspeções periódicas; Analytics monitora conformidade por unidade.

5) Resgate e resposta a emergências

  • Plano de resgate: para cada frente de trabalho deve existir um plano de resgate específico e documentado. 
  • Capacitação para resgate: equipe deve ser treinada para autorresgate e resgate da equipe; treinos práticos periódicos obrigatórios. 
  • Condições impeditivas: trabalhos por corda devem ser suspensos em ventos > 40 km/h (requer regras especiais entre 40–46 km/h).
  • O que o FM deve fazer: definir e testar plano de resgate por unidade; garantir equipamentos de salvamento e comunicação (rádio/tel.); integrar plano ao PCMSO/Primeiros Socorros.
  • Como Infraspeak ajuda: transforme planos de resgate em procedimentos e checklists digitais (Gatekeeper), agende exercícios com Work Orders e registre evidências e frequência em Documentos e Analytics.

Do telhado ao forro, a segurança não pode despencar

Altura não perdoa improviso. Com Infraspeak, gestores de facilities digitalizam treinamentos, EPIs, autorizações e relatórios, garantindo conformidade com a NR-35 em cada unidade da rede. O resultado é mais segurança, menos risco e auditorias sem susto.

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